Naquela de que se errar, erro por pouco, me arrisco ou ouso -sei lá- em dizer que, à julgar pela toada e pela desfaçatez do Governo do Estado do Rio com os interesses econômicos da região da Costa Verde, o Governador SÉRGIO CABRAL não só quer como está usando a sua poderosa caneta para desindustrializar Angra, camuflado nas declarações e ações extemporâneas de seus cupinchas, quer dizer, Secretários. É sinceramente o que penso, e esta escrita não prima pelo desrespeito, mas pelos pela leitura dos fatos. Eles (todos do Estado) gostam mais de Paris que de Angra, estou certo disso.
Ora, o Estado não possui sequer um Plano de Gerenciamento Costeiro, e o Projeto Orla do Governo Federal, que baliza e integra um plano de gestão da orla para os Municípios, ainda é a base de suas ações; logo, o Estado nunca estudou o caso pelo olhar mais restritivo; possui, na verdade, algumas Unidades de Conservação e sequer plano gestor e Comissão que faça essa administração tinha, enfim, não é com a questão ecológica que se preocupam, isto está claro. Em 101 operações do ship-to-ship nenhum registro de ocorrência de sinistro; com o Terminal da Baia da Ilha Grande (Tebig) nenhum problema, pois há atualizações constantes em seu plano de segurança operacional; a Capitania dos Portos não provocou qualquer tsunami quanto ao uso do espelho d`água da Baia da Ilha Grande como vem ocorrendo co o Governo Estadual; e, finalmente, o Estaleiro Naval Brasfells busca uma carteira de investimentos dessas grandes novidades no país - tudo dentro da normalidade, até o Secretário petista do Ambiente no Estado, CARLOS MINC, levantar a idéia de criação de uma APA Marinha Estadual da Baia da Ilha Grande, para quê? Ora, para restringir. A idéia foi momentâneamente abortada, mas só o terrorismo de seu anúncio fez afugentar investimentos como o da construção de uma Fábrica de Tubos Flexíveis no Município pela empresa Technip, que só agora, anunciada a desautorização pela ampliação do Tebig, teve seu projeto de ampliação do Porto da cidade aprovado.
Por conta dessas coisas, por conta da especulação imobiliária sobre a Ilha Grande - promovida pelas ações do próprio Estado, por conta do manifestado desisnteresse do Estado na briga pela duplicação da Rodovia Rio-Santos, principalmente no trecho que avança sobre Angra para atender a possível emergência da Usina Nuclear, e por tantas outras medidas contra setores de significativa importância para a economia pública e privada da cidade, além da falta de olhar sobre o Município para direcionar que algumas das muitas empresas que estão chegando no estado se alojem aqui, digo que o Governador quer a desindustrialização de Angra, à troco sabe-se lá de quê. Enquanto isso, em outras regiões do estado, principalmente onde há interesse direto de empreendimentos privados, mesmo sabendo de toda a devastação ecológica que os megaempreendimentos trarão, o Estado não vê problema, só com Angra. A região da Costa Verde já mínguou com a redivisão administrativa, quando perdeu em tamanho geográfico, e agora perde em sua capacidade geopolítica também. É preciso reagir, com intensidade e objetividade contra esse processo, antes que seja tarde. É o que penso.
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fotoimagem: site TurisAngra
22h34min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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