A constatação, a percepção e os estudos mostram e provam haver abundância de água potável no Brasil, mas escassez em seu fornecimento nas cidades. Não obstante, as empresas especializadas em água potável engarrafada ou de caminhões-pipa lucram 'como nunca antes na história...'. Em Angra dos Reis/RJ, por exemplo, há notada falta de investimentos na captação, reservação e distribuição da água potável, motivo pelo qual há desabastecimento rotineiramente.
Além disso, há um imbróglio administrativo sobre a questão. O Estado tem uma parte, por meio da Cedae - que opera com a concessão vencida; e o Município opera por meio de uma autarquia municipal, o SAAE, que opera deficitariamente. Há insegurança jurídica na relação contratual com a municipalidade.
No entanto, essa é uma agenda que compete aos governantes, apesar de interessar aos munícipes. O fato é que Angra não para de crescer e, com isso, aumentar sua demanda, o que compromete a pouca oferta. E mais, há um atrativo turístico no município que é a Ilha Grande, entre outros fatores, motivo pelo qual a especulação imobiliária não cessa. Além disso, há novos adensamentos sendo criados, principalmente por conta das desmobilizações das famílias em áreas de risco. Dessa forma, seria necessário redimensionamentos da infraestrutura urbana, o que também não tem acontecido. Falta água, cada vez mais.
No quesito das especulações imobiliárias, novas casas, mansões e condomínios podem estar pedindo aprovação de projetos residenciais com piscinas, à Prefeitura, que é um conforto, mas também um agravante. Preocupado com isso, o vereador angrense Hélio Severino ( o HELINHO DO SINDICATO) deverá apresentar um Projeto de Lei que torne obrigatório já no protocolo de um projeto de construção civil em que esteja previsto piscina, entre outras vertentes analisadas, como é o caso do esgotamento sanitário, que também haja um projeto de reúso da água, tando residuária quanto empresarial. Segundo o vereador, ele já está concluindo a fase de análises - e já está também agendando algumas reuniões com universidades e órgãos públicos, e não descarta submeter previamente sua iniciativa à um debate com o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente - Cmuma.
Muito interessante a ideia. Tornarei a abordar a questão.
Fonte Fotomontagem: portalodm
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09h35min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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