sábado, 4 de janeiro de 2014

É PRECISO EMPENHO(S).

A jornalista angrense - e diretora/proprietária do semanário "A Cidade", Danielle Afif, em sua coluna na edição desta semana, fez recortes da peça orçamentária do Município de Angra/RJ para declarar seu otimismo - e esperança de que as coisas aconteçam pela administração pública. A sua dedicação em pinçar detalhes de tão intrincado documento, abrindo mão de falar sobre casos de polícia - que é o carro chefe do jornal, demonstra, a meu ver, de certo modo, sua preocupação, assim como a de todo angrense, com o desenvolvimento da cidade. 

Danielle não abre mão de sua leitura crítica - e sempre contribuitiva, mas expõe claramente suas expectativas, principalmente quando diz que "Se pelo menos 10% do que está descrito no orçamento de 2014 for posto em prática...", enfim, é isso, compactuo desse otimismo e dessas expectativas - e igualmente reconheço que as questões eleitorais, preferências partidárias e coisas do gênero ficam reservados para o momento oportuno de debates dessa natureza, a hora agora é de se investir na qualidade de vida, na segurança urbana, no desenvolvimento e progresso da cidade. 
É hora de gestão. 

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Já disse aqui nesta página que entendo que o orçamento de Angra para 2014, apesar dos incrementos feitos pela gestão da equipe fiscal da Prefeitura, sob a batuta do Secretário Robson Marques - ainda no comando da Fazenda, está deveras subestimado. De toda sorte, há margem para se oficializar em algum instante um discurso de se trabalhar com uma projeção bem realista, o que também cabe. Pela lei, a prefeita tem ainda uma margem de 30% de acréscimo imprevisto sobre essa grana toda, de maneira que especulo, mas não posso afirmar.

Se o que intuo estiver correto, num primeiro instante, a petista Conceição Rabha determina a realização de coisas, a execução orçamentária e depois cobrará resultados, mas, sem mostrar a gordura do orçamento, o que exigirá capacidade de execução de sua equipe. É uma forma de fazer gestão - e não deixa de ser boa, já que no último quadrimestre teria mais margem de manobra. No entanto, um outro cálculo que precisa ser feito por ela é o de ser um ano eleitoral, logo, há prazos e restrições para realização de certames licitatórios e inaugurações de obras. Sua equipe fiscal é boa, já demonstrou capacidade de trabalho, mas sua equipe executiva está devendo. Em outras palavras, ela tem quem consiga mais dinheiro, mas ainda não pode assegurar ter quem o gaste. A gestão pública tem suas próprias regras.

A Câmara Municipal, fiscalizadora do Executivo, por sua vez, também terá um Orçamento bastante significativo. Não é possível ainda saber qual o balanço de 2013, se houve superávit ou não - há indicativos, assim como excesso de arrecadação, mas o duodécimo orçamentário - que está previsto acima da casa dos R$ 30 milhões, já é maior que o de muitos municípios brasileiros; portanto, além de um Governo rico, teremos uma Câmara forte. A sociedade foi às ruas em períodos recentes reclamando justamente qualidade nos serviços públicos prestados, mas também uma melhor representatividade política. O desafio está posto. 

É preciso empenho(s). Entendem?
Aos trabalhos.
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14h19min.    -     adelsonpimenta@ig.com.br 

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