segunda-feira, 22 de setembro de 2014

ANGRA 3 TEM VALORES REAJUSTADOS, E EU APURO UMA DENÚNCIA

NOTA DA EMPRESA
( Recebido por e-mail )

 
 22/ 09/ 2014
 
 
Novo orçamento para a conclusão da Usina Angra 3 reajusta o investimento em 13%
 
 
 
 
 
O orçamento para a conclusão do empreendimento Angra 3 foi reajustado em 13%, com base na última inspeção de monitoramento do TCU, e hoje é R$ 13,9 bilhões.
Para chegar ao novo orçamento foram consideradas as seguintes variáveis:
·    A correção monetária do orçamento original (R$ 10 bilhões) com o orçamento atual (R$ 13,9 bilhões) foi baseada numa cesta de índices aplicáveis aos bens e serviços nacionais nos últimos quatro anos - 27% - e à variação cambial euro/real - 16% - no mesmo período.
·    Esses dois fatores fizeram com que o orçamento original fosse corrigido para R$ 12,3 bilhões.
·      Logo, a elevação efetiva nos custos é de R$ 1,6 bilhão (R$ 13,9 bilhões menos R$ 12,3 bilhões), ou seja, 13% acima do orçamento original.
·      80% dessa revisão de 13% acima no orçamento são decorrentes da elevação de custos de bens e serviços importados. A elevação de custos de bens e serviços nacionais contribuíram com apenas 20%.
Conclusão – O orçamento do empreendimento sofreu um aumento real de R$ 1,6 bilhão nos últimos quatro anos (13% superior ao orçamento original). O citado valor de R$ 4 bilhões (40% superior ao orçamento original), que tem sido divulgado, é nominal e está baseado em valores monetários referentes a bases históricas distintas - o que distorce a realidade econômico-financeira do empreendimento.
Sobre a Eletronuclear
Subsidiária da Eletrobras, a Eletronuclear é a responsável por operar e construir as usinas termonucleares do país. Conta com duas unidades em operação na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), com potência total de 1990 MW. Hoje, a geração nuclear corresponde a 3% da eletricidade produzida no país e o equivalente a um terço do consumo do Estado do Rio de Janeiro. Angra 3, que está em construção, será a terceira usina da Central. Quando entrar em operação comercial, em 2018, a unidade (1.405 MW) será capaz de gerar mais de 10 milhões de MWh por ano – energia limpa, segura e suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.

COMENTÁRIO

Não vejo nenhuma surpresa sobre o fato de um empreendimento desse porte e envergadura ter a necessidade de reajuste sobre valores, já que os preços praticados no mercado tem vida própria e costumam, das as oscilações monetárias, sofrerem alterações, o que termina comprometendo o planejamento financeiro inicial. Trata-se de uma obra que levará mais de um ano para ser concluída.

Houve certo reajuste também sobre os valores repassados ao Município de Angra dos Reis, pelas chamadas contrapartidas socioambientais desse empreendimento, Angra 3. De algo em torno de R$ 150 milhões inicialmente, os valores hoje, somados, ultrapassam os R$ 180 milhões, após a correção. Mas, como já disse aqui em postagem anterior, cabe a Prefeitura apresentar os projetos para que esses recursos sejam repassados. E onde estão esses projetos?

A Prefeita da cidade, a petista Conceição Rabha, soltou cobras e lagartos pra cima da diretoria da empresa reclamando os direitos da cidade. A entrada do diretor Leonam Guimarães serviu para arrefecer o calor das discussões até então. Na verdade, reconheça-se, a prefeita é de agilidade felina quando investe institucional e politicamente em busca de recursos para a cidade; fez isso com a Fazenda Estadual, quando subiu o tom em relação ao secretário da pasta nas avaliações do Declan pelo ICMS do petróleo, entre outras ações, quando a que desautorizou o então presidente da Fusar e foi à Brasília para reverter a desabilitação do Município pela faculdade de medicina. É louvável as suas ações. 

Mas, quando resolve o mais difícil, por óbvio e por hierarquia, delega aos seus comandados o poder e o dever de realizar as coisas, fazer acontecer àquilo que ela articulou; é aí que costuma emperrar as coisas. 

Apurando uma Denúncia
Pelas mãos de seu subordinado, Luiz Nolasco, a Prefeitura imbricou com os projetos que devia apresentar à Eletronuclear. Esse cidadão tem nomeação de CC-1 na FusAr, mas insiste em responder pelo Escritório Municipal de Gestão. Liguei pra lá e foi exatamente isso o que me informaram.  

Estou apurando as informações que recebi de que este mesmo senhor que responde de fato pelo setor para o qual não foi nomeado, também estaria recebendo salário duplo, de fontes públicas distintas. Se isto for uma verdade, configura-se em crime. Pior, intuo que até fazer glosa sobre o convênio, termina sendo uma possibilidade, caso se comprove essa suspeita. 

Angra precisa desenvolver-se; o PT prometeu mudança, e a prefeita tem empreendido esforços para que isso aconteça, mas são esses tranca-ruas e, caso se comprove a suspeita a que averíguo, oportunista de plantão, que precisa(m) ser(em) convidado(s) à sair(em) pela porta que dá de frente à rua. E mais, caso seja uma verdade essa informação, a Câmara Municipal deverá se pronunciar, não sei se por Ofício, por denúncia ao MP e/ou convocando o Secretário de Administração e o servidor nomeado à prestarem os devidos esclarecimentos. 

A Prefeita, por tanto que faz, honestamente, não precisa disso. E a cidade muito menos.

Trarei notícias, tão logo tenha procedido as apurações jornalísticas sobre o caso.
Este blog, todavia, está aberto à manifestação dos interessados.
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17 horas    -     adelsonpimenta@ig.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

São muitos anos de trabalho para o municipio senhor Adelso.Eu posso garantir que da outra vez o pt foi melhor.Ou menos pior sei lá.Nós servidores estamos arrependidos.E com até um pouco de pena da prefeita se ela pudesse eu acho que ela sairia do cargo, a qual trabalha muito e só ve atraso.